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ESF POP RUA

Como eu faço


Central do Brasil

Em uma de suas Visitas a Rua a equipe realizou curativos em pacientes que vivem na área da Central do Brasil. 



Enfermeira Ana Paula e tec.enf.David


A Assistente Social Aline e a Psicóloga Ana Carolina conversam com usuários



Mais um curativo em paciente que teve amputação de membro

TERRITÓRIO: LAPA


Território Lapa, ASS Camilla responsável.A médica Luciana juntamente com a enfermeira Renata, téc. enfermagem Ákyl e agente social Camilla atenderam o paciente que fica em situação de rua na região da Lapa. Ele estava com um derrame na pleura foi atendido e encaminhado ao CER/Centro, sendo em seguida internado no Hospital Municipal Souza Aguiar. As agentes sociais Rose e Tauane acompanharam o paciente em todo o momento de internação até a sua alta. Mais um importante caso que mostra o cuidado em saúde para a população em situação de rua.





ATÉ EMBAIXO DO VIADUTO


Em uma de suas muitas paradas, a equipe do Consultório na Rua atendeu um casal de usuários que vivem embaixo de um viaduto que fica localizado na região da Rodoviária. Jaílson, o ASS responsável por aquele território, sinalizou a necessidade de visita da equipe, onde estiveram presentes o médico Rodrigo, enfermeira Ana Paula, assistente social Aline, psicóloga Ana Carolina e agentes sociais Jaílson e Vivi. Foram examinados e medicados, conversaram com a equipe, e logo foi percebido o vínculo importante que tais pacientes tem com Jaílson, que diariamente vai ao local para levar o DOTS.

População em situação de rua: Vamos onde vocês estiverem!




Aline Laura Guedes




PROCEDIMENTOS NA RUA SEMPRE QUE NECESSÁRIO
Cléo Moraes

"Augusto" (Nome Fictício), teve o seu hálux (dedão) do pé direito amputado, devido a problemas circulatórios. A cirurgia ocorreu com êxito e a manutenção (curativos e consultas) vinham ocorrendo normalmente. Porém uma grande característica dos nossos usuários, é a falta de persistência nos seus tratamentos. Quando se sentem bem, abandonam o tratamento sem a alta médica.

Ao perceber que "Augusto" estava faltando aos curativos e a consulta de manutenção, o agente de saúde Cléo Moraes sinalizou em reunião de equipe e foi combinado que a técnica de enfermagem Sandra Barbosa e a residente em saúde mental Elaine Aude além do agente de saúde, iriam ao local de parada de "Augusto".

Na quarta-feira (29/05/2013), encontramos "Augusto" que acabou sendo bem receptivo. A técnica de enfermagem Sandra Barbosa realizou o curativo e o referido entendeu a importância de continuar os procedimentos em nossa unidade para evitar agravo, em razão do local ainda estar sensível. Foi pactuado entre o usuário e a nossa residente Elaine, que ela irá visitá-lo semanalmente para conversar.

Estas intervenções são sempre pontuais e com dedicação e perseverança, conseguimos ter várias experiências exitosas.
Técnica de enfermagem Sandra Barbosa examinando o local.  do ferimento.

Início do procediemento.

Agente de saúde Cléo acompanhando o procedimento.

Residente Elaine conversando com "Augusto" durante o procedimento.


GRUPO “LIVRES DA TENSÃO COM ATENÇÃO”
Luciana Marins

Aconteceu nesta quinta-feira(02/05/2013) o grupo terapêutico coordenado pela Enfermeira Luciana Marins que objetiva cuidar dos indivíduos acometidos pela Hipertensão e Diabetes.
Há uso diverso de técnicas a cada encontro para incentivo e permanência dos participantes. Além das Consulta de Enfermagem e médicas, as dramatizações, palestras, conversas ao pé do ouvido na sala de espera, discussões, apresentações no computador, filmes didáticos, música, e outros recursos são utilizados para êxito do tratamento.
Faremos em breve a “Caminhada - Livres da Tensão com Atenção”. Será uma momento ao ar livre com descontração, piquenique e avaliação da condição clínica de cada cliente/paciente durante o exercício. Um investimento no vinculo e apoio emocional para a conquista do auto cuidado.

A Hipertensão Arterial, mais conhecida como “Pressão Alta”, pode ser encarada como uma doença ou como um fator de risco para o desenvolvimento de doenças do coração, pois, na grande maioria das vezes, não provoca sintomas ou os sintomas são gerais (podem ocorrer em qualquer doença), como dores de cabeça, tonturas, mal estar...
É muito importante entender que quem sofre de hipertensão arterial terá que fazer seu controle por toda a vida, visto que, na grande maioria das pessoas (95%), não se consegue descobrir sua causa.
De todos esses casos, felizmente, a grande maioria (90%) apresentará hipertensão
leve, ou seja, fácil de controlar e tratar.

A Diabetes a grosso modo, é uma doença caracterizada por uma diminuição da produção da insulina ou a falta de sua produção no pâncreas.

Existem dois tipos de diabetes:

Tipo 1: Normalmente se inicia na infância ou adolescência. Nela, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. As pessoas que sofrem da diabetes tipo 1 devem receber injeções diárias de insulina.

Tipo 2: A maior incidência é por fatores hereditários. Normalmente está associada a obesidade e a idade.

Gestacional: Surge durante a gravidez.

O objetivo principal no tratamento do diabetes, é diminuir o aumento de açúcar (glicose) no sangue. É também uma doença que precisa de controle para o resto da vida.
A qualidade de vida será garantida se o indivíduo se tornar mais consciente a cada dia para escolher cuidar-se com amor.


“VOCÊ PODE CUIDAR DAS PESSOA, MAS NÃO PODE FAZER ESCOLHAS POR ELAS.”


 Empatia.

 Olhar Terapêutico.

 Juri simulado - Réu: a Hipertensão.

 "Abaixo a doença".

Conversando sobre como cuidar da saúde.

 Aula sobre Hipertensão.

Consulta de Enfermagem.

Toque terapêutico.

Gestação na Rua 2013:
 Mulheres protagonizando uma nova história

Sebastião Carlos

 Após o período de férias, o Grupo Gestação na Rua da ESF Pop Rua retorna a todo vapor.

No primeiro encontro do ano os coordenadores do grupo, Sebastião Carlos (enfermeiro) e Maria Amélia (medica) iniciaram o encontro solicitando que as gestantes escrevessem ou desenhassem o que significava a gestação para elas. A grande maioria relatou que era um momento de muita felicidade. Em meio a lágrimas e sorrisos, todas elas contribuíram com experiências de vida riquíssimas.

Logo depois as gestantes assistiram a um vídeo ilustrando os diferentes tipos de parto: normal e o parto cesariano. Após assistirem o vídeo, aconteceu uma roda de conversa, onde o tema foi o benefício do parto normal para a mãe e o bebê, amamentação, planejamento familiar e o “Cegonha Carioca”.

Algumas de nossas usuárias que tiveram seus filhos há pouco tempo, resolveram continuar participando do grupo e incentivaram as futuras mamães a perseverar com o pré-natal e nunca faltarem as consultas.

Trazer para o conhecimento da sociedade um pouco desse trabalho onde o indivíduo é visto como protagonista da sua própria história, sendo este, responsável por seus atos, demonstra o quanto caminhamos rumo a uma sociedade mais igualitária.

Grupo Gestação na Rua: usuárias e os coordenadores médica Maria Amélia e o enfermeiro Sebastião Carlos.



Enfermeiro Sebastião Carlos com um bebê de uma integrante do grupo.

Médica Maria Amélia Rocha durante sua fala.

Momento do lanche!

Dinâmica: Gravidez para mim é...


Emoção de nossa usuária ao verbalizar o que a gestação significa para ela.


Algumas das definições de nossas usuárias sobre gestação.

JOGO DE CINTURA DO ACS RUA 

"O ACS RUA terá que ter um "jogo de cintura", uma sensibilidade muito aguçada para poder respeitar e perceber cada configuração de moradia e modos de habitar territórios de vida na rua" Cláudia de Paula (Psicóloga ESF POP RUA)

Há duas semanas, o agente de saúde Rodolpho Filho ao monitorar sua área, encontrou um jovem em uma situação de extrema vulnerabilidade, dormindo em um duto d'água, sobre o canal do mangue. Após esperar quase três horas e acionar os órgãos competentes e dei-los de sobre aviso, visto não conhecer as condições psíquicas e de saúde do jovem, o referido agente conseguiu estabelecer vínculo com "Marcos" (nome fictício) e hoje já foi estabelecido um plano terapêutico.

A sensibilidade do agente foi de extrema importância pois se "Marcos" fosse despertado de forma abrupta, algum acidente mais sério poderia ter ocorrido e o vínculo não teria sido estabelecido.          
Usuário dormindo sobre o duto d'água sobre o mangue.
Usuário dormindo sobre o duto d'água sobre o mangue.

Usuário após despertar, aceitando conversar com o Agente Rodolpho Filho.
 
ATENDIMENTO FORA DO NOSSO TERRITÓRIO
Cléo Moraes

Muitas vezes temos demandas fora da nossa área de abrangência mas como profissionais de saúde, procuramos estar sempre atentos onde nossa atuação possa se fazer necessária.
Nesta sexta feira (18/01/13), a assistente social Ana Lúcia Gomes e os agentes de saúde Ana Maria Galdeano e Cléo Moraes, estavam indo visitar uma usuária em uma maternidade, quando avistaram um homem caído na calçada com parte das pernas em uma esquina com forte fluxo de carros. Solicitaram ao motorista Eurico Andrade que parasse e foram avaliar a situação.
O homem que estava caído na calçada em um situação de vulnerabilidade, havia ingerido álcool porém não estava em situação de rua. A equipe o auxiliou, tirando-o daquela situação de risco e comunicando seus contatos sobre o seu paradeiro.
O que mais nos chamou atenção foi a indiferença dos transeuntes (sabemos que pessoas em situação de rua nas calçadas acabam sendo ignoradas pela população em geral), devido ao fato dele estar em perigo e nada ter sido feito ao menos para tirá-lo desta situação.

Situação de perigo

Agente de saúde Ana Maria Galdeano e a assistente social Ana lúcia Gomes avaliando o quadro.

Agente de saúde Ana Maria Galdeano e a assistente social Ana lúcia Gomes avaliando o quadro. (2)

DEMANDAS INTERDISCIPLINARES 
Cléo Moraes

Somos uma equipe totalmente multidisciplinar e à cada dia isto fica cada vez mais explícito  com as demandas que chegam das ruas.
Nesta quinta-feira (17/01/2013), após sinalização de um dos nossos agentes, a assistente social Ana Lúcia Gomes e a médica Cacilda Lima, foram visitar um dos nossos usuários que está precisando de cuidados clínicos e sociais, Para dar sequência ao seu tratamento, é preciso regularizar sua situação social, não somente para que ele possa sair das ruas mas também para que tenha seus direitos garantidos, sua documentação em dia é prioridade neste processo.
Após ser examinado pela nossa médica, a assistente social orientou e pactuou com o agente de saúde da área e o paciente as medidas à serem tomadas.
É preciso olhar o usuário em um todo e entender suas reais necessidades para que haja êxito. Não adianta tratar o problema pela metade pois para que ele se sinta motivado à seguir em frente é necessário que ele possa acessar os seu direitos em plenitude.

Nosso usuário explicando suas demandas.
Nossa médica orientando sobre a medicação.
Escuta.


AÇÃO SAÚDE BUCAL
Cléo Moraes

Por entendermos que a saúde bucal começa a partir do momento em que a criança começa a fazer uso de qualquer alimento que não o leite materno, procuramos promover sempre ações  voltadas á este público alvo, Nesta quarta-feira (16/01/2013) a dentista Maria das Graças Rosa, a auxiliar de saúde bucal Luana Oliveira e os agentes Carmem Alves e Julio Carneiro, foram à uma das ocupações monitoradas pelo nosso serviço.
Com várias estratégias para fazer com que o hábito da higiene bucal possa ser algo divertido, a equipe além de ensinar a forma correta de escovação, uso do fio dental e limpeza da língua, fez brincadeiras que tornaram aqueles momentos bem divertidos. Algo que chamou a atenção de nossa equipe, foi um desenho de um rosto na parede com a seguinte frase: "Feliz cidade dos desdentados". As crianças no final da ação verbalizaram que não queriam ter um sorriso como o do desenho.
A saúde é um todo e através da equipe de saúde bucal, vários tipos de doenças podem ser detectados e encaminhadas à outros profissionais de saúde.
  
A dentista orientando as crianças.

A dentista examinando um paciente.

Bebê também precisa fazer higiene bucal.

Brincando também se aprende!

Fluoretação para as crianças.

Equipe em ação.

Desenho: "Feliz cidade dos desdentados",


INTERVENÇÃO DA SAÚDE MENTAL NAS RUAS
Cléo Moraes

Ontem (08/01/2013), reencontramos uma usuária que estava afastada do nosso serviço desde de setembro do ano passado. "Laura" (nome fictício), sofre de pressão alta e diabetes e também vinha sendo acompanhada pela nossa equipe de saúde mental.
Ao encontrar "Laura", um dos nossos agentes de saúde, percebeu que ela estava muito emagrecida e queixava-se de forte dor abdominal e câimbras nas pernas,  acionou o enfermeiro Sebastião Carlos que por conhecer o quadro clínico da usuária, imediatamente foi ao local aferir sua pressão arterial e verificar a glicemia capilar. O quadro era grave, visto que a glicemia estava acima de 600 (HI) ou seja impossível de verificar. Nosso enfermeiro, após muita insistência, conseguiu convencer "Laura" à ir à uma unidade de emergência. A referida paciente foi acompanhada por um dos nossos agentes, pelo nosso enfermeiro e um amigo da paciente.
Ao passar pela classificação de risco, "Laura" foi logo atendida por uma médica que após avaliar o quadro à encaminhou a sala de medicação. Por estar acompanhada, deixamos Laura e retornamos nossa rotina, porém mais tarde soubemos que ela evadiu. Fomos ao local em que ela se encontrava e deixamos seus medicamentos, porém sabíamos que não seria eficaz dado ao estado em que ela se encontrava.
Hoje (09/01/2013), nosso agente passou o quadro de "Laura" à psicóloga Claudia de Paula que chamou o psiquiatra Elias Carim, a técnica de enfermagem Gercina Souza e o agente de saúde Cléo Moraes e foram ao local em que "laura" estava. O vínculo entre a psicóloga e a paciente logo foi refeito e após uma conversa, a usuária teve sua pressão arterial aferida e a glicemia capilar verificada e concordou à ir novamente à unidade de emergência e ser persistente, já que não teríamos como dar o devido tratamento."Laura" concordou e desta vez ficamos com ela até que ela fosse encaminhada à sala de medicação.
Nosso agente deixou o local às 21:00hrs, sabendo que "laura" desta vez está sendo atendida e assistida como se deve. As demandas de saúde mental nas ruas são enormes e urge uma atuação constante já que em nosso cotidiano atuações como esta, sempre se faz necessária.

"Laura" sendo atendida pela psicóloga Claudia de Paula.
Psiquiatra Elias Carim e a técnica de enfermagem Gercina Souza.

 
A IMPORTÂNCIA DA REDE

Cléo Moraes
*leia abaixo o desfecho do caso.


Hoje. quinta-feira (27/12/2012), ao monitorar sua micro área, o agente de saúde Cléo Moraes encontrou um dos nossos usuários que está sofrendo de um processo infeccioso em sua vista esquerda e já está com uma consulta marcada no SISREG (Sistema de regulação de vagas) para o dia 28/01/2013. Ao perceber que o paciente estava abatido e com muita secreção em sua vista, questionou se ele estava sentindo algo. O mesmo relatou que estava com muita dor. Imediatamente o agente de saúde e o nosso usuário dirigiram-se à uma unidade de emergência onde o nosso paciente não foi absorvido, apesar do relato da dor, tendo como argumento que trata-se de um caso ambulatorial.
Foram à nossa unidade e o paciente foi acolhido pela enfermeira Luciana Marins, que imediatamente o encaminhou para à sala de curativo para que toda aquela secreção fosse removida e sua vista fosse tampada. A médica Lúcia Dantas prescreveu um analgésico.
Para sorte do nosso usuário, cerca de duas semanas atrás, a médica Cacilda Lima preocupada com a situação, conseguiu uma consulta com um oftalmologista em um hospital geral para amanhã (28/12/2012), evitando assim que  o quadro clínico se agrave.
Agente de saúde Ana Maria já pactuou com o nosso usuário e se encontrarão às 07:00 hs e irá acompanhá-lo.
Antes de de ir embora, o agente de saúde Cléo Moraes passou pelo local onde nosso paciente "mora" e  o mesmo estava bem mais aliviado após o nosso atendimento e feliz pela consulta que terá amanhã.
Construir e manter "rede" é fundamental pois nenhum serviço é auto suficiente que não precise de outros profissionais e nesta vertente, nossa gerente técnica Laila Louzada vem procurando fortalecer várias parcerias!


Nosso usuário com muita secreção em sua vista.
Técnica de enfermagem Gercina Souza durante o procedimento de limpeza da vista.


Após algum tempo o agente de saúde Cléo Moraes monitorando o paciente.


DESFECHO DO CASO

Nesta sexta feira (28/12/2012) a agente de Saúde Ana Maria Galdeano levou o paciente à consulta marcada para a referida data e logo ao ser examinado, o chefe do plantão percebeu que algo não estava bem e solicitou a presença da oftalmologista que percebeu que seria necessário uma intervenção cirúrgica. A agente de saúde Ana Maria Galdeano retornou à nossa unidade e às 20:00hs acompanhada do agente de saúde Cléo Moraes foram ao hospital e para nossa satisfação soubemos que o procedimento foi realizado com êxito. porém seria necessário a permanência do nosso usuário até o dia seguinte para novo curativo e observar a evolução do quadro.
Neste ínterim, nossa assistente social Ana Lúcia Gomes articulou com a psicóloga do Ateliê Bárbara Calazans Márcia Melo, abrigamento para o nosso paciente na CRAF (Central de Recepção de Adultos e Famílias Tom Jobim) visto que estar em situação de rua em convalescença poderia gerar algum agravo.
Hoje, sábado (29/12/2012), apesar de não ser dia de trabalho, a agente de saúde Ana Maria Galdeano foi ao hospital buscar nosso usuário e encontrou o agente de saúde Cléo Moraes que estava fora do Rio de Janeiro por motivos pessoais e ambos o conduziram à CRAF.
Mais uma vez ressaltamos a importância da REDE. Este caso só conseguiu terminar bem, com o envolvimento de vários profissionais. Destacamos o empenho da nossa médica Cacilda Lopes, que percebeu ser preciso agendar uma consulta com um especialista o quanto antes. A nossa assistente social Ana Lúcia Gomes que se empenhou para conseguir o abrigamento, a psicóloga Márcia Melo que é sempre uma grande parceira do nosso serviço e a dedicação dos agentes de saúde Cléo Moraes e Ana Maria Galdeano.


Agente de Saúde Cléo Moraes, nosso usuário e a agente de saúde Ana Maria Galdeano na CRAF.

Nosso usuário sendo acolhido pela educadora da CRAF Patrícia.


COMEMORAÇÃO DO GRUPO "GESTAÇÃO NA RUA"

Sebastião Carlos
Nesta sexta-feira, 21/12/2012, o grupo de gestantes "Gestação na Rua". aproveitou a última reunião do grupo do ano  para celebrar.
A reunião do grupo teve como abertura cânticos com a enfermeira Luciana Marins, palestra sobre DIREITOS e DEVERES da gestante e futura mãe, ministrada pela assistente social Ana Lucia Gomes e encerramento com o coordenador do grupo, o enfermeiro Sebastião Carlos que forneceu informações sobre o pré-natal de cada participante.
Além do acompanhamento clínico, oferecemos também acompanhamento terapêutico, e orientamos sobre o "planejamento familiar".
Sem dúvida é um grande desafio para o nosso serviço comprometer nossas usuárias sobre a importância do momento em que estão vivendo e principalmente com a integridade física dos futuros cidadãos brasileiros que estão por vir. Com muito esforço e dedicação temos obtido experiências exitosas de mães e filhos que deixam de estar em vulnerabilidade social e com muito apoio e orientação, estão conseguindo se organizar e tornam-se mães responsáveis e conseguem uma vida digna para suas famílias.
Ao final da reunião, a gerente técnica Laila Louzada e a médica Lucia Dantas deram boas vindas e incentivaram as participantes a perseverar nas reuniões do grupo e principalmente sobre a importância do pré-natal. 

Boas vindas as participantes.

Decoração.

Pasta com kit informativo distribuídos as gestantes.

Árvore de natal montada pelos nossos usuários.

Coordenador do grupo Sebastião Carlos,

Abertura com a enfermeira Luciana Marins.

Participantes do grupo e a assistente social Ana Lucia Gomes.

Participantes do grupo. (2)

Palestra sobre direitos e deveres das gestantes, ministrada pela assistente social Ana Lucia Gomes.

Palestra sobre direitos e deveres das gestantes, ministrada pela assistente social Ana Lucia Gomes. (2)


lanche.

Lanche. (2)

Fala da médica Lucia Dantas.

Gerente Laila Louzada, participantes e equipe ESF POP RUA.


INVISIBILIDADE SOCIAL
Cléo Moraes
Uma das cenas mais comuns, principalmente nas grandes cidades mundiais, é ignorar aqueles desafortunados que jazem nas calçadas.
Hoje (30/11/2012) a médica Lucia Dantas ao se dirigir à nossa unidade, se deparou com uma senhora deitada no chão, perto de um poste, na Avenida Henrique Valadares. Como a senhora transpirava muito e por estar exposta ao sol, a referida médica se preocupou e imediatamente acionou o agente de saúde da área, Cléo Moraes e ambos se aproximaram e tentaram uma abordagem. A senhora, demonstrando problemas psiquiátricos, a priore se assustou e imediatamente começou pegar seus pertences, que para muitos é considerado lixo mas na maioria das vezes, é tudo que eles possuem e em uma atitude defensiva, queria evitar qualquer tipo de contato.
Após algumas perguntas, percebemos que "Maria" (nome fictício) já vem sendo monitorada pelo nosso serviço e que a equipe de saúde mental vem pensando em várias estratégias para que possa ser criado um plano terapêutico.
O que mais nos chamou atenção nesta cena que faz parte do nosso cotidiano foi o fato das pessoas demonstrarem desconforto com aquele ser humano totalmente vulnerável, '"atrapalhando" o ir e vir dos transeuntes.
Após constatarmos que "Maria" estava bem e deixarmos as portas abertas para sua vinda quando ela achar necessário, ela nos surpreendeu dizendo que ela não poderia ser cuidada por não ter dinheiro! SUS em plenitude, sendo levado à todos aqueles que habitam o centro do Rio de Janeiro e por algum motivo precisam neste momento de um cuidado especial.



Médica Lucia Dantas conversando com nossa usuária.

Médica Lucia Dantas conversando com nossa  usuária. (2)

Médica Lucia Dantas conversando com nossa  usuária.(3)

MONITORAMENTO OCUPAÇÕES
Cléo Moraes



Recentemente nossa assistente social Ana Lucia Gomes fez um estudo em nossa área programática sobre as ocupações para saber quais realmente precisam do monitoramento do nosso serviço; ou seja, aquelas em que seus moradores encontram-se verdadeiramente em vulnerabilidade social. As que realmente necessitam de nossa atuação recebem visitas constantes dos nossos agentes de saúde.
Visando a prevenção e cuidado dos nossos pacientes, uma das maiores preocupação é com as crianças. Colocar suas carteiras de vacinação em dia é uma prioridade, além de articularmos para que aquelas que se encontram fora das salas de aula, possam ingressar ou retornar as escolas e recebam atendimento da equipe de saúde mental quando necessário.
Em uma das últimas visitas à uma delas, os agentes de saúde Ana Galdeano, Carmem Alves e Julio Carneiro e a técnica de enfermagem Sirlene Porto, auxiliaram e  explicaram às mães questões fundamentais de higiene dos seus filhos.
As crianças destas ocupações continuam vinculadas ao nosso serviço e sendo atendidas pela nossa pediatra Lucia Dantas.




Os agentes de saúde Ana, Carmem e Julio.

Ocupação.

Técnica de enfermagem Sirlene e a agente de saúde Carmem em atuação.


Agente de saúde Carmem e a técninca de enfermagem Sirlene em atuação. (2)



Ocupação. (2)


As crianças em nossa unidade.
Ganho de Território

A área programática 1.0 do Rio de Janeiro é muito extensa e mesmo após pouco mais de dois anos do nosso serviço, ainda somos surpreendidos pelas mudanças em nosso território. A rua tem sua "própria rede" (alimentação, higiene, saúde e etc) e de acordo com as mudanças no território, as vezes esta população se torna flutuante.
Durante alguns meses, na Leopoldina, os agentes de saúde Rodolpho Filho e Jailson Gonçalves monitoraram um grupo de jovens, que aos poucos aderiram ao serviço e receberam atendimento clínico e psicológico. Devido a atual logística da nossa cidade, estas pessoas migraram para outra região. Porém sabem que quando precisarem de auxílio médico, existe um local com as portas abertas para os acolher.
O mais importante nestas situações é o despojamento da sua identidade e olhar o outro através da perspectiva dele, para que vínculo seja criado. Quando estabelecemos uma boa relação com um grupo, a conquista do território se torna muito mais fácil pois nossa atuação é divulgada entre os habitantes da área e passamos à ser bem recebidos e mais usuários se achegam e passam à ser também monitorados.
Independente da condição que qualquer ser humano se encontre, o respeito é sempre a melhor forma de se construir algo. Mais do que distribuição de insumos, o vínculo é a melhor forma de redução de danos.
As tarjas em algumas fotos são para não expor nossos usuários.

Agente fazendo cadastro.
Cadastro e distribuição de kit odontológico.
Cadastro e kit odontológico. (2)
Agente fazendo cadastro.
Entrada no "dormitório".
"Casa" na rua.

Cine Pop Rua e Dia Mundial da Diabetes
Sebastião Carlos

Um sonho possível narra a história verídica de um jovem negro em situação de rua sem perspectiva de vida, que durante uma noite fria e chuvosa é acolhido por uma família branca e rica. A partir daí, de onde não se via esperança nasce a mais bonita e emocionante trajetória de um grande vencedor.
O filme Um sonho possível foi indicado por uma amiga da ESF POP RUA (Rita Lima) e, agradou em cheio aos usuários que se reuniram para assisti-lo no Cine POP Rua no dia 14 de novembro de 2012.
Após apresentação do mesmo, os usuários compartilharam ricas experiências que contribuíram para que, a mensagem positiva do filme alcançasse e sensibilizasse os participantes.
Finalizando o evento foi fomentado sobre o dia mundial da Diabetes, elencados e discutidos os sinais e sintomas da doença, monitoramento e diagnóstico precoce e oferecido teste de glicemia capilar a todos os pacientes que compareceram a unidade nesta data.


CINE POP RUA "UM SONHO POSSÍVEL".

Usuários e alguns membros da equipe assistindo o filme.

CINE POP RUA (1).

CINE POP RUA (2).

CINE POP RUA (3).

CINE POP RUA (4).

CINE POP RUA (5).

CINE POP RUA (6).


Gestação na Rua
Sebastião Carlos

Compartilhar experiências e promover a saúde da população de rua tem sido visto pela Estratégia Saúde da Família do Rio de Janeiro como prioridade absoluta, a prova disto foi o primeiro encontro do grupo de gestantes acompanhadas no pré-natal da unidade no dia 09 de novembro de 2012.
O grupo batizado de “Gestação na rua” aconteceu no auditório do nono andar e teve com  objetivo  abordar os vários aspectos que desencadeiam numa gestação saudável , compartilhar as experiências  dessas gestantes  e  fortalecer   o vínculo mãe – bebê.
É sabido que trabalhar a saúde de uma população em vulnerabilidade social não é fácil, a adesão dessas mulheres ao pré-natal tem sido um desafio diário, onde a construção  de vínculos dentro e fora da unidade se torna um norteador de cuidados, o que favorece  e fortalece o acompanhamento além de garantir um parto seguro.


Enfermeiro Sebastião Carlos e algumas participantes do grupo.


Roda de conversa.

Roda de conversa. (2)

Roda de conversa. (3)

PASSEIO AO ZOOLÓGICO
Grupo de  TB "Somos Livres" tem manhã muito divertida
Cléo Moraes


Dando sequência as atividades com o grupo de tuberculose "Somos Livres" e fortalecendo cada vez mais os vínculos com o tratamento e a nossa unidade, mais uma atividade foi realizada no dia de hoje (31.10.12). Desta vez os membros do grupo tiveram a oportunidade de passar uma manhã muito divertida no zoológico. A alegria em seus rostos comprovaram que é possível vencer as dificuldades do cotidiano quando se encontra apoio e estímulo.
Tais iniciativas tem repercutido entre os pacientes e já conseguimos o retorno de usuários que abandonaram o tratamento e o número de faltas vem caindo. Com perseverança e criatividade a ESF POP RUA vem fazendo com que pessoas sem perspectiva de vida, se comprometam consigo mesmas e acreditem que situações por mais adversas que pareçam, podem ser vencidas!
Após verem os animais, a visita terminou com um delicioso piquenique perto do lago da Quinta da Boa Vista.

Chegada (2)
Chegada

Zoológico (2)
Zoológico (1)



Zoológico (3)
Zoológico (4)


Zoológico (6)

Zoológico (5)


Zoológico (7)
Quinta da Boa Vista (1)


Quinta da Boa Vista (2)

Quinta da Boa Vista (3)

Quinta da Boa Vista (4)


Quinta da Boa Vista (5)
Equipe ESF POP RUA


CINE POP RUA
Grupo de Tuberculose assiste filme na ESF POP RUA
Cléo Moraes

Um dos grandes desafios enfrentado pelo nosso serviço é manter a continuidade do tratamento de tuberculose dos nossos usuários, em razão da condição social que se encontram; e pensando nisto, várias atividades tem sido realizadas para estimular o vínculo com nosso serviço e elevar a auto estima deles. 
Nesta terça-feira (02/10/12), o grupo "Somos Livres" assistiu o filme "Desafiando Gigantes",   cuja a sinopse é: "
Nunca Desista, nunca volte atrás, nunca perca a fé O PODER DA CRENÇA PROPORCIONA A HABILIDADE DE VENCER. Nos seus seis anos como técnico de futebol americano de uma escola, Grant Taylor nunca conseguiu levar seu time Shiloh Eagles a uma temporada vitoriosa. E ao ter que enfrentar crises profissionais e pessoais aparentemente insuperáveis, a ideia de desistir nunca lhe pareceu tão atraente. É apenas depois que um visitante inesperado o desafia a acreditar no poder da fé que ele descobre a força da perseverança para vencer."
Com muita pipoca, os membros do grupo receberam a mensagem otimista do filme e perceberam que com força de vontade e apoio, é possível vencer os "gigantes" que aparecem em nossos caminhos.

Enfermeiro Sebastião Carlos dando as boas vindas ao grupo.

Membros do grupo atentos ao filme.

Nada melhor do que assistir um filme comendo um boa pipoca.


NA ESF POP RUA TEM PIQUENIQUE? TEM SIM  SENHOR!
ESF Pop Rua promove  piquenique com o Grupo de Tuberculose

Sebastião Carlos

Pensar em tuberculose é pensar em gente. E, pensando nisso a ESF Pop Rua reuniu no dia 19 de setembro de 2012 seus usuários em tratamento e partiram pela manhã para o “Parque Lage”, no Jardim Botânico para festejar a adesão de seus membros com um gostoso piquenique. Este grupo tem como objetivo estimular o tratamento e fazer com que eles encarem com positivismo o período do tratamento.
A natureza que envolve a Cidade Maravilhosa presenteou-nos com lugares belíssimos e um desses espaços sem dúvidas é o Parque Lage, no Jardim Botânico escolhido pelo grupo “Eu sou livre” para ser o cenário do primeiro passeio fora da unidade.
Em meio a saborosas guloseimas, os participantes conheceram o parque e participaram de uma dinâmica preparada pela assistente social Ana Lúcia Gomes. Um local previamente preparado com várias figuras eram apresentadas aos usuários que teriam que escolher um desses desenhos e explicar o porquê da escolha. Este foi um momento muito especial, pois compartilhamos uns com os outros as experiências. Algumas lágrimas desceram, e imediatamente eram abafadas por sorrisos, abraços e aplausos dos presentes.
Logo após, cada membro do grupo batizou o dia 19 de setembro de 2012 com os seguintes nomes: amor, Deus, união, sucesso, fora drogas, persistência, harmonia, família, dignidade, esperança e proteção.
Foi um dia muito prazeroso. Ver a satisfação nos rostos e o olhar que exalava a essência da realização nos faz acreditar que criar políticas públicas que contemplem a complexidade dessa população é devolvê-las a sua identidade como pessoa. Dever nosso e dever dos nossos governantes e isso não nos faz bons ou maus, nos torna apenas cidadãos.



O enfermeiro Sebastião Carlos, a assistente social Ana Lucia Gomes e os usuários na chegada ao Parque Lage.

Os profissionais preparando o piquenique.

A assistente social Ana Lucia Gomes e o enfermeiro Sebastião Carlos.

A assistente social preparando a dinâmica.

Membro do grupo na dinâmica.


Membro do grupo na dinâmica. [2]

Membro da equipe na dinâmica. [3]


Prevenção em Saúde - Ação sobre DST/aids
HOTEL SANTANA II - 04/09/2012
Cléo Moraes


Aconteceu ontem, terça-feira (05/09/12), uma palestra ministrada pelo enfermeiro Sebastião Carlos, no Hotel Santana II, equipamento da SMAS, com perfil de porta de saída, ou seja, homens que já estão trabalhando e na eminência de uma reinserção na sociedade. Como este equipamento é monitorado por nosso serviço, pelo agente de saúde Cléo Moraes, que abastece semanalmente o local com preservativos, nada melhor que dúvidas sejam sanadas e preconceitos sejam vencidos, para uma verdadeira conscientização sobre o porquê a pertinência do sexo seguro.
Usando o recurso de data-show, o referido enfermeiro explicou sobre vários tipos de doenças, e colocando um preservativo no braço de um usuário, que colocou um casaco e auxiliado pelo agente de saúde responsável pelo monitoramento do local e do agente de saúde Rafael Lapa, impediu de ver o que ele iria fazer no braço do usuário. e tocando e assoprando, mostrou  que mesmo com o uso do preservativo, a sensibilidade é mantida no pênis. 
Antes de encerrar, dúvidas foram sanadas e todos usuários afirmaram que sexo sem proteção, nunca mais! 


Enfermeiro Sebastião durante sua fala.

Enfermeiro Sebastião durante sua fala. [2]



"LUGAR DE CRIANÇA TAMBÉM É NA ESF POP RUA"

CONQUISTA DE TERRITÓRIO:  ACOLHIMENTO + CONFIANÇA = VÍNCULO
Cléo Moraes 

No final da tarde de hoje (07/08/2012) foram examinadas na ESF POP RUA oito crianças, oriundas de uma nova ocupação monitorada pelo nosso serviço, na rua do Livramento, na Gamboa, que contagiaram o ambiente com sua espontaneidade  e alegria. 
A articulação nesta ocupação, foi feita pelos agentes de saúde Ana Maria, Julio Cesar e Carmem, que ganharam a confiança dos seus moradores e vários já vieram à unidade. Os ACS's Rua, se tornam o cartão de visita e a primeira impressão do SUS, oferecendo a saúde que lhes é de direito.
Elas vieram acompanhadas dos seus responsáveis, e além das consultas médicas, receberam diversas orientações da pediatra Lúcia Dantas, cuja a vinda, foi um grande ganho para  o nosso serviço, pois além da nossa parceria com equipamentos da SMAS que atendem crianças e adolescentes; em nossa área de abrangência há várias ocupações onde residem várias crianças e isto só fez aprimorar o nosso atendimento.
As crianças se divertiram muito em nossa brinquedoteca e vários membros da equipe "brincaram" com elas, fazendo que esta primeira visita à uma unidade de saúde, fosse uma experiência prazerosa!!!


Primeira ida das crianças á uma unidade de saúde.

Pediatra Lucia Dantas junto com as crianças.

A auxiliar de saúde bucal Luana "brincando" com as crianças.

A asb Luana e a pediatra Lucia .

Alegria das crianças com vários membros da equipe.

Após as consultas, orientações sobre temas diversos.

Equipe monitorando as crianças.



AÇÃO: SAÚDE DO HOMEM E DA MULHER
CAMPO DE SANTANA
25 DE MAIO DE 2012  
Cléo Moraes
Dando sequência à promoção de SAÚDE do mês de maio, realizamos uma ação no Campo de Santana, micro àrea monitorada pela Agente de Saúde Ana Maria Galdeano. Neste dia, além  da agente de saúde responsável, uma equipe composta pelo enfermeiro Elberth Teixeira, a técnica de enfermagem Sirlene Porto e os agentes de saúde Fábio Campos e Lucilene Basílio, foram ao Campo de Santana e conversaram com vários usuários sobre DST. Foram distribuídos kits contendo folheto informativo, gel lubrificante e preservativos. Foram 86 usuários atendidos, sendo que deste total, 16  são profissionais do sexo e por isto a pertinência do monitoramento constante, visando cada vez mais a conscientização sobre a importância do sexo seguro.

Equipe chegando ao local.[1]

Equipe chegando ao local [2]

Esclarecimento e distribuição de kit sexo seguro.

Enfermeiro Elberth orientando paciente sobre DST.

Agentes em ação.

Agentes em ação. [2]

Agentes em ação. [3]

Agentes em ação. [4]

Agentes em ação. [5]
 
AÇÃO: SAÚDE DO HOMEM E DA MULHER
IGREJA BATISTA FAROL DA LAPA
18 DE MAIO DE 2012.
Cléo Moraes

A igreja Batista Farol da Lapa, Rua do Riachuelo - próximo ao Arcos da lapa, realiza um trabalho social comprometido com à população em situação de rua. O local é conhecido pelos nossos usuários como "BOCA DE RANGO", termo usado por eles para locais onde é oferecido alimentação gratuita. As segundas, quartas e sexta é  jantar e as terças e quinta é  almoço.
O Farol da Lapa é um excelente parceiro do nosso serviço, pois atraí usuários de várias micro áreas de nossa abrangência. No ano passado o local era monitorado pela ex agente de Saúde Patricia Guedes com apoio do agente de Saúde Cléo Moraes. Foram realizadas doze ações de saúde em 2011 e retomamos a parceria este ano. O local hoje é monitorado pelo Agente de Saúde Cléo Moraes com apoio da Agente de Saúde Kelly Cristina Victor. Todos os dias da semana visitamos a fila de entrada pois é uma ótima forma de fazermos nossas visitas, buscas ativas e obtermos informações sobre pacientes que estão desaparecidos.
No dia 18 de Maio uma equipe composta pela Assistente Social Ana Lucia Gomes, Os Enfermeiros Elberth Teixeira e Sebastião Carlos, A Técnica de Enfermagem Heloísa Vargas e os Agentes de Saúde Cléo Moraes e Kelly Cristina Victor realizaram uma ação focada na saúde do homem e da mulher. A ação foi aberta com a Técnica de Enfermagem Heloísa Vargas perguntando quais partes do corpo eles achavam mais importante. O Enfermeiro Elberth Teixeira em um desenho do corpo humano, ia acrescentando os órgãos citados. Em seguida os Agentes de Saúde Cléo Moraes e Kelly Cristina Victor apresentaram o serviço, O Enfermeiro Sebastião Carlos ministrou sobre tuberculose e o Enfermeiro Elberth Teixeira ministrou sobre DST e tiraram dúvidas sobre os assuntos ministrados, A ação foi encerrada com uma dinâmica pela Assistente Social Ana Lucia Gomes, visando a elevação da estima dos usuários.
Salientamos que no Farol da Lapa nenhum assunto é tabu e podemos distribuir preservativos e falar sobre qualquer tema.
Estiveram presentes sessenta e dois usuários.

Igreja Batista Farol da Lapa R. do Riachuelo, próximo aos arcos da Lapa.

Material usado na ação. (1)

Material usado na ação. (2)

Folhetos informativos e preservativos nas cadeiras,

Equipe

Técnica Heloísa Vargas abrindo a ação.

Enfermeiro Elberth Teixeira desenhando o corpo humano.

Enfermeiro Sebastião Carlos explicando sobre tuberculose.

Enfermeiro Elberth explicando sobre DST ,






Dinâmica realizada pela Assistente Social Ana Lucia. 





Final da Ação com bolas de gás da dinãmica.


  
PROCEDIMENTOS NA RUA
MAIO DE 2012
Cléo Moraes

Nosso serviço prioriza em garantir o atendimento dos nossos usuários em nossa unidade. Porém as vezes nos deparamos com situações que leva os profissionais à atuar no território.
Os agentes de saúde Ana Maria e Fábio Campos detectaram um paciente em um local distante do nosso serviço com uma ferida infectada e alegando que não podia andar. Em parceria com o Ateliê Cidadão Bárbara Calazans, conseguimos a remoção de "Mario" (nome fictício), para um local próximo à nossa unidade e então fazer com que ele recebesse os devidos cuidados, visto que outras unidades de saúde não estavam conseguindo absorvê-lo. Constatamos que "Mario" já era um usuário cadastrado de nosso serviço e havia migrado. Após estar em um  local perto de nossa unidade, o monitoramento dele passou à ser feito pelo agente de saúde Cléo Moraes. A sua ida para o curativo à unidade demandava um grande esforço da equipe, visto que era necessário transportá-lo em cadeira de roda. A médica Maria Amélia e os enfermeiros Sebastião Carlos e Elberth Teixeira perceberam que não havia razão para que Mario não estivesse andando, visto que não havia nenhum comprometimento em suas pernas e era uma questão psicológica. A equipe de saúde mental, através do psicólogo Julio interveio e hoje "Mario" está andando novamente e com sua ferida em fase de cicatrização.


Técnica de Enfermagem Heloísa Vargas em procedimento na rua, (1)

Técnica de Enfermagem Heloísa Vargas em procedimento na rua, (2) 

Técnica de Enfermagem Heloísa Vargas em procedimento na rua, (3) 

"Mario" adquirindo confiança em andar novamente.


EDUCAÇÃO EM SAÚDE: HIPERTENSÃO ARTERIAL
CASTELO -  25/04/2012.
Cléo Moraes


O castelo é uma área de abrangência de nosso serviço, monitorada pela Agente de Saúde Kelly Cristina Victor com apoio do agente de Saúde Cléo Moraes.

 Para as pessoas que transitam por ali durante o dia, talvez não tenham ideia de como o cenário se transforma após o horário comercial. As marquises de lojas e outros estabelecimentos se tornam abrigo para centenas de pessoas que se encontram em situação de rua.e
Como sempre em nossas ações de promoção à saúde, bscamos sintomáticos respiratórios,DST e hipertensos. Este mês, focamos no cuidado com a hipertensão arterial. Uma equipe do nosso serviço, composta pela Assistente Social Ana Lucia Gomes, os Enfermeiros Sebastião Carlos e Elberth Teixeira, a Técnica de Enfermagem Heloisa Vargas, a Agente de Saúde Kelly Cristina Victor e o Agente de Saúde Cléo Moraes, foi às ruas do Castelo, promovendo roda de conversa e à busca de hipertensos. Realizamos sessenta e oito atendimentos, entre aferição de pressão, entrega de folhetos informativos, distribuição de preservativos, cadastro e encaminhamentos de saúde e para documentos.

Equipe chegando ao local

Aferimento de PA - Tec. de Enf. Heloisa Vargas

Roda de conversa sobre o tema.

Enf. Sebastião aferindo pressão e a Agente de Saúde fazendo cadastro

Assistente Social Ana Lucia em atendimento

Duvidas esclarecidas e encaminhamento

Um dos nossos pacientes com o agente de Saúde Cléo Moraes

Tec. de Enfermagem e Enfermeiro aferindo pressão de vários



Técnica de Enfermagem Heloisa com um paciente que representa uma grande vitória do nosso serviço

MONITORAMENTO EMERGENCIAL
13 DE ABRIL DE 2012.
Cléo Moraes


Infelizmente nossos usuários enfrentam muitas dificuldades em situações que podem parecer simples à qualquer outro cidadão. 

Sexta-feira é dia é dia de reunião de equipe e fomos interrompidos por um dos nossos pacientes que aflitivamente veio informar que um amigo, também usuário do nosso serviço, estava desacordado e por mais que o chamassem, não estava respondendo. Apesar de nosso serviço não ser emergencial, a médica. Maria Amélia, o enfermeiro Sebastião Carlos e o agente de saúde Cléo Moraes, foram até o local  verificar o estado clínico do usuário. Ao constatar que era um caso de emergência, a SAMU foi acionada e o paciente recebeu os cuidados necessários pela equipe até sua remoção.
Tal prática acaba sendo uma constante em nossa rotina, pois nossos usuários verbalizam que a articulação é muito complicada devido a condição social em que se encontram e nem sempre conseguem êxito em suas solicitações.



Médica e enfermeiro examinando o paciente.

Enfermeiro e médica acionando à SAMU.

Médica passando o caso para à médica da SAMU.

Enfermeiro Sebastião Carlos monitorando o paciente.

AÇÕES DE TUBERCULOSE

Realizamos periodicamente em nossas micro áreas, ações de saúde, visando sempre à busca de sintomáticos  respiratórios, hipertensos, diabéticos e DST's. Este mês focamos especialmente na tuberculose, pois além de ser o mês do dia mundial de tuberculose, os índices entre pessoas em situação de rua é preocupante e urge ir ao encontro daqueles que por diversas razões não conseguem chegar as unidades de saúde.

CAMPO DE SANTANA - 26/03/2012
Auxiliar de Odontologia Luana, Agente de Saúde Ana Maria, Dentista Ana Felix e Enfermeiro Elberth.
Aux. de Ser. Bucal Luana, Agente de Saúde Ana Maria, Enfermeiro Elberth  e  a Dentista Ana Felix 

Equipe distribuindo folhetos explicativo e sensibilizando à fazer  o exame.

Dúvidas sendo sanadas

Cadastro dos novos usuários

HOTEL SANTANA II - 27/03/2012
Cléo Moraes

Desde maio de 2011, existe uma parceria entre o Hotel Santana II conosco. Equipamento da SMAS que atende homens em vulnerabilidade social, que estão na eminência de reinserção na sociedade. Por estar situado em uma área de nossa abrangência, realizamos quase mensalmente ações no local. O Agente de Saúde Cléo Moraes monitora o local com apoio da Agente de Saúde Kelly Cristina Victor. Hoje 27/03/2012, mais uma ação foi realizada, além do foco na tuberculose com coletas de amostras para exames de TB,  cadastros foram feitos, distribuição de preservativos e aferição de pressão arterial. O enfermeiro Sebastião e a Psicóloga Claudia realizaram uma roda e perguntas eram tiradas de uma caixa, com o objetivo de desmistificar e elucidar dúvidas em relação á tuberculose.

Equipe: Enfermeiro Sebastião, Psicóloga Claudia, Técnica de Enfermagem Gercina e os Agentes de Saúde Cléo Moraes e Kelly Cristina Victor
Enfermeiro Sebastião e Psicóloga Claudia de Paula

Cartazes explicativos fixados

Cartazes explicativos fixados [2]

Técnica de Enfermagem Gercina e Agente de Saúde Kelly Cristina  Victor





Roda de conversa sobre tuberculose com os usuários do referido equipamento da SMAS


Equipe Esf Pop Rua e Assistentes Sociais da SMAS

Cadastro e coleta de amostras para exames



AÇÃO GAMBOA - 28/03/2012

Cléo Moraes 
A Gamboa é um local de abrangência do nosso serviço. Além de atendermos as pessoas em situação de rua local, temos especial atenção com a ocupação sito à Rua da Gamboa, 111. Neste local moram aproximadamente 300 pessoas, sem saneamento básico, serviço de água potável e energia elétrica regular. Os moradores dividem os cômodos com madeiras e papelão. Devido ao mau tempo, não foi possível realizar a ação na plenitude que desejávamos, visto que nos espaços fechados quando chove, há  muita goteira, porém o Agente de Saúde Fábio Campos (responsável pelo monitoramento do local com apoio da Agente de Saúde Ana Maria), a Assistente Social Ana Lucia Gomes e o Agente de Saúde Cléo Moraes foram ao local, já que havíamos pactuado nossa ida. Foram entregues folhetos informativos, encaminhamentos à nossa unidade dos sintomáticos respiratórios e distribuição de preservativos. A Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro cadastrou os moradores e no prazo previsto de vinte dias, os moradores estarão deixando o local já que receberão aluguel social. O monitoramento deste espaço pelo nosso serviço é realizado desde outubro de 2010. Em respeito aos nossos usuários, não mostraremos seus aposentos.

Assistente social Ana Lucia Gomes, Agente de Saúde Fábio e um usuário da Central do Brasil

Agentes de Saúde Fábio Campos e Cléo Moraes rumo à Gamboa

Atravessando o túnel

Ocupação - Gamboa

Entrada Ocupação

Calçada com muito lixo acumulado

Cadastro, entrega de folhetos informativos e preservativos

Portão da Ocupação

Lixo acumulado para reciclagem de papelão e latinhas de alumínio

Corredor da ocupação

Lavanderia

Lavanderia [2]

Agente de Saúde Fábio e uma usuária.

Assistente Social Ana Lucia Gomes. Ag. de Saúde Cléo Moraes e um novo usuário.

Ag, de Saúde Cléo Moraes, Assistente Social Ana Lucia Gomes e  nossa usuária

Ag. de Saúde Fábio entre alguns dos nossos usuários








Estratégia de Saúde da Família/Consultório de Rua
Saúde em Movimento nas Ruas





























APRESENTAÇÃO
  •  Implantação do serviço: setembro de 2010


DIRETRIZES OPERACIONAIS
  • Reconhecimento do território
  • Mapeamento das áreas
  • Construção de vínculo com a população e conhecimento do serviço
  • Elaboração do diagnóstico situacional
  • Sistematização do atendimento na rua e na sede
  • Estabelecimento de fluxos internos e externos

PERFIL DO PÚBLICO
  • Adultos que habitam nas ruas da região central
  • Crianças e adolescentes em risco e vulnerabilidade social-
  • Trabalhadores informais (vendedores ambulantes) que permanecem na rua de segunda a sexta
  • Artistas de rua
  • Catadores de materiais recicláveis
  • Usuários abusivos de álcool e outras drogas
  • Usuários com transtornos mentais graves, sem aderência a nenhuma instituição
  • Usuários com doenças crônicas em abandono de tratamento
  • Travestis e transsexuais que trabalham nas ruas
  • Profissionais do sexo que trabalham nas ruas
  • Residentes de abrigos
  • Moradores de ocupações urbanas desvinculadas a movimentos sociais
  • Gestantes  com dificuldade de aderência ao pré-natal
  • Idosos sem direitos sociais (sem acesso à previdência, entre outros)

 
AGRAVOS PREVALENTES
  • Demências não especificadas
  • Problemas oftalmológicos
  • Úlceras crônicas
  • HIV
  • Hérnias
  • Hipertensão arterial
  • Tuberculose
  • Ferimentos por espancamentos, brigas e acidentes Infecções urinárias
  • Problemas de pele
  • Transtornos mentais graves
  • Verminoses e outras parasitoses
  • Problemas respiratórios
  • Problemas odontológicos
  • DST em fase avançada
  • Uso abusivo de álcool e outras drogas

Saúde mental na atenção básica:
Estratégia de Saúde da Família e Consultório de Rua, um híbrido com consistência na atuação.
As Coordenações da Estratégia de Saúde da Família e da Saúde Mental, no ano de 2010 estabeleceram uma proposta ousada em sua singularidade: referidos pela análise das características específicas da população a ser atendida, no caso a população em situação de rua da cidade do Rio de Janeiro, optaram por associar às duas equipes da ESF, uma equipe de saúde mental. Uma vinculação que não se concretizou como um somatório de ações, mas uma unidade operativa única, com atuação interdisciplinar integrada.
Aos profissionais da equipe a oportunidade desenhada permitiu a constituição de uma metodologia específica, configurada no diário exercício de trabalhar a partir do território de vida dessa população. Esse território compreendido não só como o espaço físico, mas como a zona de interlocução entre as demandas desses sujeitos, vinculadas a lógicas de vida muito particulares e a nossa oferta de escuta e cuidados em saúde. Tornou-se um campo de aprendizagem mútuo, diríamos nós.
A equipe aprendendo a constituir um matriciamento mútuo, que possibilitou a organização de uma porta de entrada ampla, onde a dor física e o sofrimento psíquico pudessem ser acolhidos em sua estreita associação. E a constituição dos casos, assim como seu acompanhamento, um processo contínuo (com a estratégia metodológica de apostar na diversidade de profissionais atuando em corresponsabilidade).
A população, sujeito a sujeito, aprendendo a ter garantido seu acesso à saúde pública, e a deslizar progressivamente, na lógica da redução de danos ampliada, num vetor de responsabilização frente às próprias demandas.
Esse território de responsabilização cotidiana no qual a aposta na rede de escutas/cuidados, diante de casos de grande complexidade, devido o imbricar de morbidades e questões, tem permitido um gradual reposicionamento na posição que a Saúde ocupa na vida dessas pessoas.


Uma experiência inaugural:
Consultório de Rua da A.P 1.0
O Consultório de Rua na cidade do Rio de Janeiro, contextualizado na vinculação fundamental à Estratégia de Saúde da Família, situa a localização de sua atuação dentro do espectro da Atenção Básica, ou seja, posicionado junto ao território de vida das pessoas com as quais pretende atuar. No caso preciso desse híbrido, que surge da coragem da Secretária de Saúde do Rio de Janeiro, posicionado no território da Rua. Rua que, demarcada enquanto substantivo próprio, conjuga espacialidades e temporalidades, relativas a modos de vida determinados pela situação de moradia e sobrevivência profissional, não organizadas pelas normas da lógica social, tradicional e majoritária.
A relevância da aposta pública, em situar o território de vida dessas pessoas como legítimo, sem se posicionar, enquanto estado, como instância atribuidora de julgamentos de valor predefinidos, dialoga, a meu ver, em fina ressonância, com a especificidade do que o conceito de Redução de Danos localiza no campo da Saúde. Daí a convergência do Consultório de Rua e da ESF ser uma medida inaugural e definidora de abrangência impar. A dinâmica de trabalho, do Serviço, informalmente batizado de Pop Rua, estabelece-se a partir desse marco, dessa inscrição.
A clínica específica, que se inventa, a partir daí, vem procurando dialogar com aqueles modos de vida, acima citados, determinados pela localização na Rua. Modos de vida que desenham planos comuns relacionados às implicações de sobreviver à Rua. Os ciclos de sono e alimentação, as relações com a estrutura dia/noite, as relações com as instâncias reguladoras e coercitivas do Estado, sistemas de laços entre o feminino e o masculino situados pelo diferencial do corpo, entre outros, dão cores e contornos específicos a esses modos de vida.  Porém o inusitado e surpreendente do sujeito humano em seu absoluto e irredutível particular modo de funcionar, singular a cada um, atravessa a paisagem desses modos de vida, constituindo-se admiravelmente, dadas as circunstâncias, ou talvez por elas mesmas, em formas únicas e originais. A clínica ampliada que esse Serviço vem constituindo, retira do compromisso com essa singularidade a diretriz de sua atuação.
A porta de entrada desse serviço é plural e móvel, já que acolhe a demanda espontânea e os encaminhamentos de outras instituições em sua sede fixa, assim como acolhe as questões da população, dentro do próprio território da Rua, por meio da presença dos agentes comunitários e técnicos, nas ruas diariamente.  E já nessa porta de entrada, há um significante que determina os enunciados, evidenciando seus efeitos: saúde integral. Não saúde mental, não saúde física. Ampla responsabilidade, amplo espectro de negociações, amplo portal para queixas, pedidos e demandas. Aqui, novamente, a convergência entre ESF e Consultório de Rua, o que permite a articulação dessa porta de entrada tão ampla. Porta que favorece a construção de processos de acompanhamento diferenciados para cada caso, compatíveis à radical singularidade como cada sujeito compõe-se.
O compartilhamento entre saberes e escutas, presente na porta de entrada, se estende a outros dispositivos do serviço, como as interconsultas, as visitas, o matriciamento, as oficinas, os grupos de atendimento, as reuniões da gestão compartilhada, a construção de fluxos entre serviços de saúde e fluxos intersetoriais, entre outros. A parceira com a Unidade de referência, o Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro, tem permitido, por exemplo, acompanhar os pacientes que precisam de medicação, já que através de interconsultas, o psiquiatra dessa unidade atende e medica na sede do Consultório de Rua.
O corpo que sofre em mal estar, lesionado, enfraquecido, sem condições de manter-se em movimento ou a palavra estranhada, sofrendo de sua desarticulação com a produção de sentido prevalente são o material fundamental que, na grande maioria das vezes, se apresenta no início do percurso dos sujeitos, no início da construção de cada acompanhamento. A queixa da qual cada profissional poderá pinçar uma demanda específica, sempre em negociação com os outros profissionais.
O sofrimento psíquico, aqui, se não chega localizado pela estranheza absoluta da fala, quase sempre faz brecha por via de um sofrimento corporal sem localização ou de localização bizarra (que os outros profissionais não localizam em seus saberes), ou por um comportamento, por vezes não associado a qualquer sofrimento, que traz dificuldades no localizar da ação dos outros saberes (uso abusivo de álcool e drogas, por exemplo). Manejar as relações entre os olhares e escutas diferentes, nessa porta de entrada, permite situar minha clínica e estabelecer o espaço para que esses sujeitos cheguem à oferta de tratamento que se articula pela continuidade de uma escuta específica desse sofrimento. E para que cada tratamento venha a acontecer pelo tempo possível e necessário a ele.
Neste ano e alguns meses de trabalho, têm sido surpreendente, o fato desses sujeitos, posicionados, inicialmente, a partir da demanda cifrada na porta de entrada, venham, sem grandes recursos de apoio (não fornecemos alimentação nem transporte), se sustentando e se comprometendo, apenas pela via da transferência, numa adesão surpreendente aos tratamentos. Mesmo nosso acesso a medicação psicotrópica é intermediado pela rede, pelo CPRJ, o que implica dificuldades, além das já implícitas nos modos de vida dessas pessoas, que por suas organizações específicas frente à realidade das ruas, contornam o ato de medicar de outras implicações (muitos dos pacientes relatam que tomar medicação os deixa fragilizados e sonolentos, incapazes de se protegerem na Rua). Com tão pouco a oferecer, o que é específico se intensifica e o valor de cada espaço tangencia a articulação aos outros. A presença quarenta horas e o manejo dessa permanência, atuando como signatário de referência para os pacientes é, sem dúvida, fundamental.
Outra particularidade dessa clínica se refere a esses sujeitos, que, dentre os que chegam, chegam trazendo a estranheza de suas relações com a produção de sentido (não que a cada um de nós não caiba o tocante a uma estranheza particular), que, clinicamente, denominamos como especifica das psicoses. São sujeitos, que, em muitos dos casos, vêm se sustentando, por anos ou décadas, nas ruas, apesar do grande sofrimento, por via de identificações imaginarias (identificações que permitem que as alucinações auditivas operem sob o registro de espíritos, orixás ou demônios, e que delírios paranóicos façam laço nas bordas do tráfico e da violência. Identificações sustentadas por nomeações advindas das relações de convivência na “vida da Rua”. Identificações que compõem alternativas de laço social àqueles que não se enquadram na norma vigente), assim como pelo manejo do uso das drogas e do álcool, como mediadores dos fenômenos elementares que os acometem.
O uso de álcool e drogas, associados, com prevalência para o álcool vinculado à cocaína e a cocaína ao crack, faz parte da rotina da grande maioria dos pacientes que chegam. Pacientes com diagnóstico de neuroses graves ou psicoses (paranóias e esquizofrenias), pacientes para os quais, caso a caso, a droga e o álcool cumprem funções específicas. E para os quais, a relação com a droga e com o álcool, não pode ser extraída do contexto da vida psíquica, como um item ou abordada como um comportamento, já que está fundamentada por pontos vinculados a outros, numa grande rede, constituída pela história de cada sujeito. Por vezes, essa relação contradiz até mesmo o que é cientificamente comprovado em termos bioquímicos, como no caso de [f] que usava cocaína para regularizar seus ciclos de sono, já que seu delírio persecutório não o deixava dormir. Ou quando essa relação é que mantêm o sujeito vivo, como no caso de [r]: “sem a cachaça, eu me jogaria na frente dos carros, pois só ela pára as vozes na minha cabeça”. Ou [k] que usa o crack como viabilizador de sua vida sexual, já que segundo ele: ”o crack me dá a sensação de gozo, sem precisar negociar com ninguém, sem falar com ninguém, sem precisar do que é difícil”.
A posição da droga e do álcool na vida de cada um é singular e, ao poder dizer, sem posicionar a ênfase no objeto droga, desvinculando-se da estereotipia das falas que respondem ao Social, o sujeito desliza o vetor do seu trabalho subjetivo para aqueles pontos, que vêm permanecendo a deriva, mas que são, fundamentalmente, aqueles que estão mais próximos das causas do seu sofrimento e que condicionam o quê lhe traz prejuízo na sua relação com as drogas e o álcool.
Ao rejeitar a ênfase no objeto droga, assim como no campo factual definido pelas condições de vida nas ruas (falta de dinheiro, falta de alimentos adequados e desejados, falta de segurança, medo da violência, falta de privacidade, falta de condições de se proteger adequadamente do frio e da chuva, entre outros), o profissional escapa do perigo de se ver capturado pelo imaginário que configura a vida nas ruas, através de termos associados apenas a tragédia, a marginalidade e a vitimização. O mesmo imaginário que, ao padronizar e determinar modelos de atuação profissional tudo aquilo que, nesses sujeitos que vivem nas ruas, insiste como particular,  inventivo e atuante, tudo aquilo que por ser mais próprio a cada um, define sua maneira singular de funcionamento e de atuação.
Qualquer mudança de posição, qualquer deslocamento subjetivo, qualquer construção de ferramentas novas, qualquer alteração de comportamento, necessariamente estará vinculada a uma movimentação disso, que em qualquer sujeito, não só o que vive nas ruas, lhe é mais particular. Ao profissional cabe fazer isso falar, cabe tratar o quê, derivado disso, traz ao sujeito prejuízo, ou seja, o perturba e lhe causa dano.
A Redução de Danos tem aqui convocada, sua dimensão mais ampla e talvez a que lhe seja mais específica, pois ao tratar do sujeito em sua absoluta singularidade, desvinculando-se do imaginário social, com suas exigências e estereótipos, pode promover uma nova relação desse sujeito com aquilo que lhe traz sofrimento, reduzindo os danos, os prejuízos, podendo inclusive, derivar numa mudança na posição que a droga ocupa na vida desse sujeito.
A especificidade, a precisão do que o conceito de Redução de Danos, abordado nessa amplitude, evoca, é sem dúvida, um enquadramento fundamental para qualquer prática de saúde que se proponha ética e comprometida com as demandas dos sujeitos e não com as exigências sociais.
Perfil do paciente com sofrimento psíquico atendido no Consultório de Rua:
1-   Pacientes psicóticos que nunca foram tratados;
2-   Pacientes psicóticos que já foram tratados em vários hospitais, incluindo outros estados e países, sem aderência a nenhum tratamento;
3-   Pacientes que fazem circuitos exclusivamente psiquiátricos, pegando medicações para longos períodos;
4-   Usuários de álcool e drogas associadas à psicose;
5-   Pacientes psicóticos com quadro associado de HIV e Tuberculose além de úlceras crônicas e miíases;
6-   Usuários abusivos de álcool e outras drogas;
7-   Neuroses graves com quadros alucinatórios, vinculados a contextos de vida
violentos e inapreensíveis simbolicamente.

Número de usuários cadastrados até 07/12/11: 3421

Número de usuários acompanhados: 2257
Número de pacientes com transtornos mentais graves: 220
Número de pacientes com uso abusivo de álcool e drogas: 2390
Número de pacientes cadastrados em acompanhamento específico da saúde mental: 190
Média de pacientes novos (saúde mental), nos meses de setembro/outubro/novembro: 27